REVIEW: GANGRENA GASOSA @ GALERIA OLIDO/SP

No último dia 11/05 rolou em SP o lançamento do DVD Desagradável do Gangrena Gasosa, que por si só já teria sido incrível, vista tamanha importância da banda para a cena da música pesada, passar 20 anos de história a limpo; e de quebra encerrando a noite, um show mais que enérgico beirando à loucura.



O sol ainda dava as caras, quando na Galeria Olido começou a exibição de Desagradável, DVD que conta a história do Gangrena Gasosa e com ela um pouco da cena independente carioca.

Nas mais de 2h do filme, histórias absurdas e bizarras são contadas aos montes deixando o espectador, totalmente entretido a cada depoimento e deixando o riso correr solto, devido algumas situações um tanto quanto pitorescas.

A história da banda é contada, na visão de todos os ex-integrantes, que descrevem como algumas músicas foram feitas, turnê na Europa, participação no Jõ Soares Onze e Meia, brigas e tudo mais, e ainda conta com depoimentos de: Jello Biafra, B Negão, Marcelo D2, João Gordo, Jão, Dado Villa-Lobos, Rafael Ramos entre tantos outros, que contam em detalhes a importancia da banda para a cena brasileira e demais acontecimentos.



O DVD teve produção da Black Vomit Filmes (que também fez Guidable, do Ratos de Porão) e é duplo, contendo em um disco o documentário e no outro um show gravado em 2011 no Inferno Club. Com um acabamento impecável, Desagradável com certeza deve agradar até quem não é fã da banda.



Terminado a exibição do documentário, fomos transferidos para outra sala de teatro, onde ao entrar cantigas, de Umbanda ecoavam pelo recinto e a decoração propícia com direito a despacho, davam o tom de como seria a noite.

Enfim começa o show, todos ainda sentados e muito comportados em suas cadeiras, berram as letras da banda; o show mais que especial, contou com a participação dos ex-integrantes que se revezaram, enquanto hits como Chuta que é macumba, Se Deus é 10, Satanás é 666, Matou a Galinha e foi ao cinema, Benzer até Morrer, Surf Iemanjá, Fist Fuck Agrédi, Eu Não entendi Matrix (que contou com a participação de Marcelo Apezzato, que além de roteirista do doc. também é cantor do Hutt) eram tocados.

Mas é claro que um show de rock não se pode assistir sentado, e ainda mais com a violência sonora que o Gangrena mandava o som, logo alguns menos timidos foram se levantando e ficando mais próximos ao palco, quando em determiado momento todos subiram ao palco, o pogo enfim começou e como não poderia deixar de ser a chuva de pipoca e despacho foi mais do que necessária para encerrar a noite, ao som do maior clássico da banda Centro do Pica-Pau Amarelo, cantado em uníssono por todos ali presentes.



Final de noite memorável, cheiro de vela do caralho na roupa, mas a felicidade estampada no rosto, apenas no aguardo do próximo show.

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2 Responses so far.

  1. Vans says:

    Gangrena sempre arrebenta!!! Obrigada, Testa... fez com que eu me sentisse por lá ;))

  2. Unknown says:

    Parabéns pelo texto!!! Fiquei doido pra estar lá!!

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